sexta-feira, 21 de abril de 2017

DEZ VERDADES PARA NÃO CONTAR UMA MENTIRA.

DEZ VERDADES PARA NÃO CONTAR UMA MENTIRA.
Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. Efésios 4:25

       Ultimamente virou uma febre no facebook o desafio de adivinhar qual mentira foi contada em uma lista de nove, dez ou mais verdades ditas. Aparentemente não há nenhum mal, e creio que alguns cristãos sinceros que odeiam mentiras não têm visto mal algum nessa brincadeira não é meu propósito julgá-los, mas tão somente abordar a questão da mentira em si. Algo semelhante, ou mais claramente danoso acontece no dia primeiro de abril, chamado o dia da mentira, muitas pessoas brincam de mentir e enganar os outros. Não estou querendo ser sensacionalista e nem tampouco legalista, todavia por acreditar que a mentira é um mal em si mesmo apresento nesse texto dez razões para um cristão não contar uma mentira, mesmo que seja por brincadeira; não desejo com isso descredenciar a fé de ninguém e nem tampouco procuro dá uma resposta a alguém, antes esse texto brota do desejo sincero de demonstrar que há grande mal em brincar de mentir.

1. Deus é o Deus da verdade. Poucas coisas são tão opostas ao Deus Santo e Verdadeiro quanto a mentira; a Escritura afirma que ELE não pode mentir [Tt 1.2] é óbvio que isso não se dá por impotência, mas porque é oposto à sua natureza. Ademais, a Bíblia fala que mentira alguma se achou na boca do Deus Filho e que o mesmo é a Verdade Encarnada [Ap 14.5; Jo 14.6]; e o Espírito Santo é chamado o Espírito da Verdade [Jo 14.16,17; 16.3].

2. Deus odeia a mentira, aborrece os que proferem mentiras e vai destruir os mentirosos [Sl 5.6; 6.16-19; Ap 21.8,27; 22.15;]. A Mentira é um pecado, e todo pecado é, e será, tratado com manifestação infinita de Juízo, ou no calvário, ou no inferno. Não tem meio termo. Uma “simples mentira”, mesmo que por brincadeira é suficiente para acender um inferno inteiro. Um pecado simples, é ainda, uma ofensa contra um Deus infinito e requer uma punição infinita. Não é sem razão que o sábio diz que brincar de mentir é agir como louco que joga fogo, flechas e morte [Pv. 26.18-19].

3. Cristo foi punido com sofrimento e morte por causa da mentira. É óbvio que ele não mentiu, mas foi com a mentira nos lábios que os poderosos da época condenaram Cristo como um criminoso, mesmo ele sendo inocente. Além do mais, Jesus sofreu e morreu por todos os pecados dos eleitos, o que inclui cada mentirinha contada por eles, e mesmo sobre elas o calor da ira divina sem arrefecer continuou incidindo com toda fúria sobre o Deus Filho. Você entende? Nossas mentiras foram punidas no Salvador, por isso mentir é insultá-lo e fazer pouco caso do seu sacrifício [Is 53,10-12; 2Co 5.21; Mt 27.46; Hb 10.29].

4. A Mentira é contrária a graça. As Escrituras afirmam que os crentes foram chamados não para a escravidão, mas para a liberdade [Gl 5.1; Rm 8.15], por isso não ter o desejo de divorciar-se completamente da mentira é querer sempre ter um pé na escravidão. Embora não tenha como um Cristão antes da glorificação do corpo viver sem pecado, é uma tolice não desejar uma liberdade total. Mentir voluntariamente é amar o cativeiro do pecado de alguma forma. É ignorar a graça abundante que não apenas liberta o pecador da condenação, mas também progressivamente o liberta do poder do pecado. Contudo aquele que foi justificado odeia a palavra de mentira [Pv 13.5].

5. O Cristão foi regenerado para viver em santidade que é procedente da verdade. A Escritura é clara quando diz que aquele que está em Cristo deve “se revestir do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da VERDADE” [Ef 4:24]. O Compromisso com a verdade é uma característica peculiar daqueles que estão sendo santificados.

6. O Diabo é o pai da mentira. Pouca coisa é tão peculiar a Satanás quanto a mentira, a Escritura afirma que é próprio dele o mentir [Jo 8.44]. Enquanto falar a verdade é assemelhar-se a Cristo que é a Verdade, mentir é assemelhar-se ao Diabo que é o pai da mentira. Brincar de mentir é como brincar de parecer-se com o Diabo, digo isso para ninguém pensar que tem menos peso.

7. Os ímpios amam a mentira, esta lhes é peculiar, até mesmo porque são filhos do Diabo e por natureza caída vivem de acordo com os rudimentos do seu pai [Sl 7.14]. Para um Cristão genuíno, mentir é relembrar e reviver uma vida de escravidão e condenação, da qual ele foi liberto e para a qual não deseja voltar, por isso a mentira deve ser recusada, mesmo que seja por brincadeira.

8. Há um imperativo para falar a verdade. Além de todas as razões dadas para um cristão não mentir, há uma proibição clara e objetiva, pois a Escritura ordena claramente que aqueles que estão em Cristo não devem mentir, antes devem falar tão somente a verdade [Efésios 4.25].

9. Mentir é um pecado que ofende diretamente o Espírito Santo que também é chamado de “O Espírito da Verdade”. Além do mais, é dito não somente que ELE habita no Cristão, como também tem a função de guiar esse mesmo cristão a toda verdade. [Ef 4.30; Jo 16.13; Rm 8.9]. Alguém que deseja ter uma vida guiada pelo Espírito e sem entristecê-LO, deve abominar toda e qualquer mentira.

10. O Cristão é chamado ao zelo. É sabido que o eleito não será perfeito antes da consumação, todavia o chamado é para perfeição e ao zelo. A Graça não é barata e nem tampouco ineficiente, pois por meio dos méritos de Cristo, graciosamente o cristão deve buscar cumprir a lei à risca, pois para isso ela foi ordenada [Sl 119.3], logo não há espaço para brincar de mentir, antes o Cristão diz como o Salmista: “_ abomino e detesto a mentira, porém amo à tua lei” [Sl 119.163]; e uma vez entendido que os salmos são a mente do Redentor e é fato que Ele nunca mentiu, o cristão abominará e odiará com mais vigor ainda a mentira, pois para isso também foi redimido, isto é, para imitar o seu SENHOR.

         A súmula de tudo é: Mentir é pecado mesmo que por brincadeira. Que o SENHOR nos conceda a graça de amar sempre a verdade, repudiando a mentira.
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SOLA GRATIA!


Por Paulo Ricardo D. Ferreira

Um comentário:

André Aloísio disse...

Olá Paulo, graça e paz! Gostei do seu texto e concordo com todas as verdades mencionadas por você. Apenas não creio que elas se apliquem ao caso em questão. Há uma diferença entre escrever (ou falar) uma informação falsa e escrever (ou falar) uma informação falsa como se fosse verdadeira. Deixe-me dar um exemplo: em uma questão de prova onde o aluno tenha que assinalar verdadeiro ou falso (também poderia ser verdade ou mentira), o professor teve que escrever várias afirmações falsas entre as verdadeiras, o que não significa que o professor mentiu. Parece-me que a brincadeira do Facebook mencionada por você se enquadra na mesma categoria. Dentre tantas afirmações, uma delas é falsa, e os amigos do Facebook devem descobrir qual é. Isso não significa que a pessoa que fez as afirmações mentiu, pois a informação falsa não está sendo apresentada como verdadeira. É diferente, por exemplo, de uma mentira contada no Dia da Mentira, que é apresentada como verdade, para enganar. Pense nisso com carinho. Um forte abraço!