domingo, 6 de abril de 2014

Eu não Quero Ser um Pastor...

Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. (2 Timóteo 2.15)
Eu não quero ser um pastor que ama mais a si mesmo, suas paixões e suas cobiças do que ao SENHOR e que não anela de afeições pelo o Deus santíssimo e não anseia glorifica-Lo, mesmo que isso traga danos a esse corpo e a essa vida.

Eu não quero ser um pastor que pela a graça não luta contra seu pecado com todo ódio a esse terrível mal. Sei que não existe um pastor sem pecado, mas que o SENHOR me livre de ser um pastor que acomoda a iniquidade e nutre ela em sua vida, que além de não mais lutar contra o pecado, o protege e o ama.

Eu não quero ser um pastor que por não lutar contra o pecado, seja dominado pelo o orgulho, egoísmo e a soberba, ou que, venha amar o louvor humano, a tal ponto que, o desejo de ser lisonjeado domine meu ministério, e assim, eu tome para mim a glória que deve ser dada a Cristo e a ELE somente; ou ainda, que eu me encha de inveja e ira quando aparecer alguém que me supere em dons, habilidades e trabalho. Não! Eu não quero ser um pastor assim.

Eu não quero ser um pastor tomado por tal cegueira, ao ponto de, não perceber que minhas maldades já se tornaram notórias aos olhos da igreja e do mundo; e que mesmo assim, eu venha condenar com todo ódio e punir de modo implacável os meus pecados nos outros, enquanto ignoro os meus.

Eu não quero ser um pastor que seja injusto e parcial, isto é, que use dois pesos e duas medidas no meu tratamento com as ovelhas, tendo medo dos poderosos, e sendo comprado por eles, e ao mesmo tempo usando de crueldade contra os humildes e sem influência.

Eu não quero ser um pastor que seja mais amigo dos que trazem benefícios e privilégios terrenos que só seduzem uma alma apegada ao mundo, do que ser amigo daqueles que nada podem me oferecer, exceto o crescimento em devoção e santidade, o que é infinitamente melhor.

Eu não quero ser um pastor que seja covarde e tenha medo de confrontar o pecado, mesmo que seja dos poderosos e influentes, e que não tenha coragem de disciplinar os que precisam ser endireitados, independente da influência ou posse.

Eu não quero ser um pastor que seja covarde e tenha medo de ser odiado por proclamar a verdade e denunciar a mentira, e que por isso aceite o erro por medo de confronta-lo. E que por motivos egoístas, em algum ponto favoreça a injustiça e menospreze a verdade.

Eu não quero ser um pastor que persiga os piedosos e os amantes da verdade quando eles perceberem algum pecado e a promoção dele em minha vida, e que para me ver livre desses piedosos, por serem incômodos ao meu ministério, eu venha persegui-los, maltrata-los e os abandoná-los, ou ainda jogar a igreja contra eles.

Eu não quero ser um pastor que quando perseguido se encha de amargura e ódio, que não perdoe e sofra o dano, mas que carregue ira e indignação e sinta satisfação com a queda e ruína dos meus opositores.

Eu não quero ser um pastor apegado ao mundo, nem tampouco avarento, ao ponto de ser servo do dinheiro e das riquezas, e muito menos hedonista buscando o prazer pelo prazer, ou que venha ser dominado pelo entretenimento e por causa dele venha fazer a obra do SENHOR relaxadamente.

Eu não quero ser um pastor que não tenha amor pelos perdidos, e não nutra em seu coração o desejo de que os eleitos encontrem a salvação e que o nome de Cristo seja glorificado por toda terra.

Eu não quero ser um pastor que não ama estudar, ao ponto de, se fatigar ao fazê-lo; e que não zele pela a doutrina, pelo o culto, disciplina, oração e pela a vida da igreja.

Eu não quero ser um pastor que não zele por sua família guiando sua esposa e filhos por meio da Escritura, orando sempre com eles e por eles em uma santa devoção no cuidado de que eles amem ao SENHOR acima de tudo.

Enfim, eu não quero ser um pastor, se tudo que eu for, seja apenas mais um pastor, como a grande maioria é. 

Eu quero ser um pastor que deseja glorificar a Deus acima de tudo e de si mesmo, ao ponto de, pela graça se entregar totalmente ao SENHOR, e fazer isso no sagrado ministério e ser consumido pela a obra que me foi, ou será, confiada.

Se não for para ser um pastor assim, eu não quero ser um pastor!


Soli Deo Gloria


Paulo Ricardo Dias Ferreira



Um comentário:

Pr. Ruy Santos disse...

Muito bom Paulo! Boa reflexão!!